O Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)
aprovou ontem (10), em reunião extraordinária, a criação de uma nova
linha de crédito à classe média. O financiamento pode ser de até R$ 20
mil por pessoa, para aquisição de materiais de construção.
Inicialmente, o crédito disponível será de R$ 300 milhões. Caso a
demanda seja maior, o valor pode chegar a R$ 1 bilhão. Para tomar o
empréstimo, não é exigido limite de renda. No entanto, o financiador
deve possuir conta no FGTS e comprovar propriedade de imóvel residencial
regularizado com valor máximo de R$ 500 mil. O teto faz parte das
regras do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).
Segundo o representante do Ministério do Trabalho e presidente
suplente do Conselho Curador do FGTS, Paulo Eduardo Cabral Furtado, os
juros cobrados nesta linha de empréstimo serão de 12% ao ano. O valor é
metade da menor taxa praticada pelos bancos, que está entre 25% e 45% ao
ano. O prazo de pagamento é de até 120 meses.
Furtado destacou que o financiamento servirá para facilitar a
melhoria dos imóveis residenciais. "Essa linha se propõe à ampliação e
reforma de imóveis residenciais, enquadrados no SFH e que contempla
também inovações como equipamentos de aquecimento solar, hidrometração
individual dos prédios mais antigos".
Para o representante titular da Confederação Nacional do Comércio,
Bens, Serviços e Turismo, Claudio Elias Conz, o crédito oferecido é
compatível com a necessidade do mercado. "O valor é significativo. A
média do mercado para pedido de empréstimo nesse segmento é de R$ 8 mil.
É um momento muito oportuno (para oferecer o crédito) já que o crédito
não está totalmente restabelecido".
Dados do governo mostram que cerca de 33 milhões de trabalhadores que
contribuem mensalmente para o FGTS estão aptos a acessarem o
financiamento.
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